12 de dez. de 2014

O DIÁRIO DE UM PRISIONEIRO DE DEUS




Prisão de Faraó. Rei do Egito.


Meu nome é José. Primogênito,mas nem tanto.Dono da túnica colorida, que não me salvou das mãos de Faraó. Sonhador e interpretador. E essa é a minha história.
Baruch Habá!

Já faz um tempo que estou preso. Injustamente , que fique claro. E quanto mais penso nisso mais fico mal.Por isso decidi usufruir de algo que me lembra o que há de bom em mim. Escrever me lembra minha família.
Meu pai.

Você não me conhece, então vamos começar do começo.
Nasci de uma mulher estéril que morreu ao dar a luz a meu irmão Benjamin.Sou 12º na linhagem de meu pai Jacó, que teve outros 11 filhos com Lia sua esposa,Zilpa criada de Lia e Bila criada de Raquel minha mãe. 
Antes de Benjamin eu era o caçula, e talvez o mais esperado , por que meu pai amava muito minha mãe. Vamos resumir por que tá ficando longo isso. 
Seguinte, meus irmãos faziam muita coisa errada, e bom, eu não concordava e acabava contando a meu pai. Eles não gostavam nem um pouco disso. Eu não podia fazer muita coisa por ser o mais novo , por isso convivia muito com meus pais e tínhamos mais intimidade do que os outros filhos. Talvez.


Certo dia, eles saíram e meu pai me mandou até eles com comida e água para ver se estava tudo bem. Eu era inocente , juro! Mas meus irmãos se deixaram levar pelo momento e aproveitaram a oportunidade para acabar de vez com esse dedo duro maldito. É o que devo ser na mente deles.
Me lançaram num poço seco.Sem água, sem comida, no meio do nada. Me roubaram minha túnica colorida. Um parenteses aqui, essa túnica foi motivo de bafafá e conversa até o dia em que ela voltou pra casa sem o dono. Me invejaram muito por que meu pai me deu uma túnica de cores e eles não tinham uma.Credo. Não quero nem saber o que falaram ás pessoas quando voltaram pra casa sem mim. Não sei bem se serei capaz de perdoá-los.
Enfim, como ato de 'amor' ao invés de me deixarem morrer de fome num buraco me venderam como escravo ao Egito. Não sei por que tudo aquilo por uma roupa , se ela não pôde me livrar disso! 

Por hoje é suficiente. Amanhã continuamos. O Sol está se pondo e não há mais luz para escrever.

Lehitraót.

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